segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Alguém teve a coragem de dizer mal das autoridades...

E curiosamente não é um cidadão britanico nem um defensor da "teoria" ACAB... É só o Inspector-Geral da Administração Interna, o que me leva a pensar que este senhor até anda na rua sem se identificar e olha para os lados, outros há que só sabem olhar para o ar...

Aqui deixo umas linhas "roubadas" à Agência Lusa atravéz do portal Sapo sobre a resposta à entrevista:

"Agência Lusa: - O Observatório de Segurança (OSCOT) considerou hoje que as questões levantadas pelo inspector-geral da Administração Interna em entrevista ao "Expresso" deveriam ter sido colocadas ao Governo e "não apresentadas na praça pública de um modo pouco correcto".
"Independentemente das razões que lhe assistem e da intenção pedagógica de algumas das suas afirmações, considera o OSCOT que, atendendo ao estatuto, influência e grande sensibilidade das funções que desempenha, muitas das questões que foram levantadas deveriam ter sido colocadas às entidades responsáveis do Ministério da Administração Interna e não apresentadas na praça pública de um modo pouco correcto, muitas vezes injusto e pouco sustentado", refere em comunicado.
O Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) declara-se como "uma organização da sociedade civil, independente do Estado, que se preocupa com todos os aspectos que envolvem a segurança do cidadão e da sociedade em geral".
Para o OSCOT, a atitude do inspector-geral da Administração Interna, Clemente Lima, em vez "de contribuir para a segurança geral da população, pode ter actuado de modo a lhe retirar credibilidade, transformando em actuações generalizadas aquilo que não passam de casos dispersos a serem corrigidos".
"Acresce que o inspector-geral, nos moldes como desenvolveu a sua entrevista, pôs em causa e ofendeu profundamente a acção de todos aqueles que, diariamente, mal pagos e com sacrifício da própria vida, garantem a nossa segurança, podendo ter criado instabilidade geral nos executantes e confusão nas chefias, além de ter intervido publicamente em matérias que são da competência exclusiva da Assembleia da República, quando dispunha de outros modos para o fazer", refere o OSCOT.
Segundo o OSCOT, a afirmação de que "os oficiais da GNR formados na Academia Militar encaram a população como se fosse o inimigo, além de não ser verdadeira, é de uma enorme infelicidade, já que o cuidado no tratamento com as populações, dentro e fora do País, é um dos pontos sagrados da formação dos futuros oficiais para o próprio Exército".
"Num momento em que todas as componentes da pequena criminalidade e da criminalidade organizada estão em crescimento, quando o terrorismo transnacional é uma ameaça permanente, quando existe um grande esforço da União Europeia e de cada um dos seus membros para os combaterem, quando em Portugal se procuram realizar reformas de fundo de modo a dar mais eficácia às forças de segurança, este foi o tipo de entrevista que não deveria ter acontecido de entidade com tão grandes responsabilidades e influência", critica o OSCOT, presidido pelo tenente-general Garcia Leandro.
Em entrevista ao semanário Expresso do fim-de-semana passado, o inspector-geral da Administração Interna considerou que as perseguições da GNR são "iniciadas por motivos inadequados" e que há "muita intolerância" da polícia na relação com o cidadão e muita "exibição da pistola".
"Problemas mais graves temos na área da intervenção da GNR com perseguições policiais iniciadas por motivos que me parecem inadequados, como, por exemplo, por passar um sinal vermelho ou desobedecer a uma ordem de paragem numa operação 'stop'", afirmou Clemente Lima.
Clemente Lima alega, também, que "as perseguições policiais criam uma adrenalina própria e geram, muitas vezes, asneira", lembrando que, "nos últimos dois anos, na GNR registaram-se sete dos 10 mortos em perseguições".
Em reacção às afirmações de Clemente Lima, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, rejeitou a existência de comportamentos "menos próprios" das forças de segurança para com os cidadãos, considerando que a existirem são "a excepção e não a regra".
"Naturalmente que pode haver um comportamento ou outro menos próprio, mas essa é a excepção e não a regra. E quando essa excepção se verifica, o Estado tem os mecanismos necessários para reagir", disse o ministro em declarações transmitidas pela SIC Notícias."

Obrigado senhor Clemente Lima pela sua entrevista, pois como foi o senhor, será possivel subscrever tais palavras sem ser apelidado de menino e anti-liberdade e anti-leis e anti-estado de direito, e sem ser membro de uma claque e de anarquista entre outros adjectivos que recebemos quando vamos contra as autoridades...
Gosto muito da parte em que o OSCOT diz que o senhor, "pôs em causa e ofendeu profundamente a acção de todos aqueles que, diariamente, mal pagos e com sacrifício da própria vida, garantem a nossa segurança" - Mal Pagos???? Queres ver que não sabiam qual ia ser o vencimento quando foram para lá!!!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Que belos argumentos...

Carlos Amado escultor alegadamente sob suspeita de pedofilia nesta nova saga da casa pia fez a sua defesa na RTP1, diz-se muito magoado (acredito que sim pois a alegada acusação de abusos é gravíssima e pode destruir uma vida) agora A DEFESA deste senhor é do MAIS BELO QUE TENHO VISTO!!! Ele diz algo como: "acha que um professor universitário reformado com mais de 70 anos deve estar sujeito a uma situação dessas, a uma acusação dessas"!!!
Sim senhor, será que existe algum estudo que indique os abusos sexuais só são feitos por pedreiros e desempregados ou por empregados de escritório reformados ou só por alcoólicos?
Sinceramente!!! Só o facto de ter sido professor universitário evita que seja pedófilo!!! Ou pelo facto de ter sido prof. Universitário deveria ser proibido de alegadamente estar sob suspeita???
Não digo que este senhor não esteja inocente, agora uma coisa é certa, o facto de este senhor ter sido professor universitário deveria fazer com que apresentasse outros argumentos ou que estivesse calado!!!
Devo referenciar que todo o processo casa pia, analisado sem tomar partido de ninguém chega a ser ridículo...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Viva o Rei ! ! !

Sinceramente já era tempo de alguém mandar calar o Hugo Chavez, e tendo sido o Rei Juan Carlos o autor da faceta ainda mais será de louvar, afinal com tantos estadistas/governantes desbocados, foi preciso aquele que aparenta ser o mais sereno e cordial a fazer o que (quase)todos estávamos à espera há tanto tempo...
Só falta juntar na mesma sala o rei Juan Carlos e o Alberto João Jardim para que o Rei mande calar mais um...
É tão belo o silêncio!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Obrigado Sr. Ministro...

É fácil criticar, pelo que seria mais fácil e até teria mais adeptos eu vir dizer mal da junta médica e do sistema que obrigou a regressar hoje ao trabalho como funcionária administrativa na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, concelho de Ponte de Lima a Sra. Ana Maria Brandão de 43 anos de idade após três anos de baixa, mas desta vez prefiro dizer bem do que dizer mal e como tal: Obrigado Sr. Ministro das Finanças, por reparar uma situação absurda como a que esta senhora foi obrigada a passar, só é pena que esta senhora tivesse de expor a sua vida a este ponto, pois penso que ela não tinha a mínima vontade de o fazer mas a isso foi "obrigada".
Adorava saber qual a especialidade dos médicos que constituíam a junta médica, mas quase apostava num oftalmologista, um otorrinolaringologista e um dermatologista!!! Não é que tenha razão de queixa de alguma dessas especialidades, é só porque não tem nada a ver com o problema... e porque adoro dizer otorrinolaringologista...

Tantos atropelamentos...

Os últimos dias tornaram quase banal a palavra atropelamento, os números oficiais falam em 15 atropelamentos diários em Portugal, andando eu na estrada todos os dias, principalmente na área metropolitana de Lisboa, só posso pronunciar-me pelo que vejo, assim sendo só posso dizer que estou admirado por serem só 15 por dia, pois diariamente vejo situações de risco de responsabilidade repartida, quer sejam os automobilistas que ignoram os peões nas passadeiras quer sejam peões que ignoram as passadeiras.
Pessoalmente, enquanto condutor tenho o máximo cuidado com as passadeiras e com os peões, pois não quero de modo algum ter de viver com o peso de um atropelamento, enquanto peão tento não ter comportamentos de risco, mas tenho consciência que tenho um a atitude mais positiva enquanto condutor que enquanto peão... Não sou perfeito, sou só humano... mas hei-de melhorar...
Não fossem alguns atropelamentos terem consequências tão graves como o de sexta feira que vitimou mãe e filha no terreiro do paço ou como o de hoje que vitimou uma criança de 6 anos, além dos restantes feridos graves, duas senhoras e mais uma criança, e estes atropelamentos, seriam quase banais...
Os meus sentidos pêsames aos familiares das vitimas mortais e um voto de uma rápida recuperação para os feridos....